Thursday, November 7, 2013

era uma vez a esperança

e está uma pessoa exausta e prestes a desistir, depois de percorrer um interminável e escuro túnel, quando, de repente, avista uma luz brilhante lá ao fundo.

e a pessoa sente-se maravilhada e queda-se a contemplar a perspectiva do alívio que em breve alcançará.

e depois leva com o comboio nas trombas.



fim.



Sunday, November 3, 2013

reflexão que fiz no outro dia a tomar duche *

sempre tive alergia ao "bullshiting", ie, à mentira premeditada com o objectivo de enganar ou manipular alguém. sendo isto algo muito comum na política, nas vendas e nas chefias, não supreende, portanto, que eu sofra de incapacidade crónica para exercer qualquer uma destas funções.
o que eu noto é que, com o passar dos anos, o meu radar está cada vez mais sensível (chamem-lhe cinismo se quiserem, eu chamo de astúcia) e noto muito mais facilmente (e muito mais frequentemente) quando alguém está a emitir a dita "bullshit" (quer seja intencional, quer não - numa espécie de tentativa de se auto-convencer de que acredita mesmo no que está a dizer ou que vai fazer mesmo o que está a prometer).
resultado: a alergia está cada vez pior e começa a ser insuportável para mim ouvir mais do que cinco minutos de conversa da "banha da cobra".
para a maioria das pessoas serei uma fraca ou uma tótó - e, de facto, esta alergia presta-se a que pareça isso, já que nunca irei subir na vida à conta dela: não dou graxa, não dou conversa "mole", não entro em joguinhos e politiquices, digo o que penso em vez de dizer o "políticamente correcto" ou o que gostariam de ouvir....
enfim.... num país cheeeeio de xico-espertos e politiqueiros da treta, faz com que eu não tenha onde me "esconder", mas posso sempre tentar a minha sorte num zoo: a ideia de me enfiar na jaula de um leão para lhe atirar um naco de carne causa-me muitíssimo menos stress do que a ideia do que ter de fazer de conta que acredito em discursos ocos ou, milhões de vezes pior, ser obrigada a participar numa farsa dessas e fazer eu o dito discurso.


(* único sítio onde tenho algum sossego)


Tuesday, October 29, 2013

Monday, October 28, 2013

e de repente, tudo fez sentido

um novo estudo científico comprovou que o cérebro precisa de "desligar" (a.k.a. dormir) para poder fazer a sua auto-limpeza e ver-se livre de todas as toxinas e material indesejado acumulado ao longo do dia nas suas células.

e isto explica taaaaaaaanta coisa:

1 - porque é que só faço e digo caca se dormir pouco (células entupidas, claro!!)
2 - porque é que os meus sonhos são tão marados (tanta toxina a ser despejada ao mesmo tempo, só podia dar nisso)

e isto leva-me a outra conclusão: se eu preciso de dormir sempre, no mínimo, 8 hrs/noite para funcionar devidamente, das duas uma, ou o meu cérebro é uma lesma no que toca à limpeza, ou então penso demais, o que leva à produção excessiva de caca mental.


(aposto na última hipótese)


(e isso não quer dizer que pensar demais seja equivalente a pensar muito bem)



(por vezes é exactamente o oposto)




(ok?)

Monday, October 21, 2013

socorro, os meus filhos trocaram de personalidade

no ano lectivo passado:
mais velha: baldas
mais novo: super-dedicado (a roçar o obsessivo: ao fim-de-semana, por ex., não ía tomar o pequeno-almoço sem ter os TPC's toooodos feitos primeiro)

este ano:
mais velha: empenhada por iniciativa própria, aplicando métodos de auto-organização ao estudo para optimizar o seu tempo
mais novo: "posso fazer o TPC mais daqui a bocado? mais logo? depois? amanhã?"


lado positivo: pelo menos não se lembraram de ser "baldas" os dois ao mesmo tempo......



Friday, October 18, 2013

(e ainda é)

mais novo a olhar para fotos de quando era bebé:

- "Oh, eu era tão fofinho!"


Wednesday, October 16, 2013

A culpa do meu sono é da farinha

é, leram bem: farinha. não é da falta de café de manhã (que tenho tomado) nem de tomar café a mais à noite (que não tomo), é mesmo da farinha.

começo a semana a comprar uns pacotes de farinha para fazer pão e resolvo experimentar logo um deles: despejo-o para dentro da máquina junto com a água morna, carrego nos botões e penso: "agora vou à minha vida e amanhã quando acordar tenho um pão de forma prontinho".

ahahahahah. tão crente, eu.

poucos minutos depois de começar a rodar a pá, a máquina começa a fazer ruídos parecidos com os que fazem os atletas (?) que pegam em pesos absurdos para quebrar recordes. com medo que algo se partisse, parei logo a máquina. lá dentro uma bola muito massuda que a pá nunca na vida conseguiria amassar: a farinha era integral e, por isso, muito mais grossa e "resistente".
devia ter usado metade da quantidade, pois devia, mas raciocinar de forma inteligente e previdente é coisa que não ando a conseguir fazer por estes dias.

que alternativa me restava? acabar de fazer o pão à mão, pois claro. resultado? duas fases de amassa + repousa para fermentar que demoraram quase 2 horas  + meia hora a cozer no forno = ir dormir já depois da meia-noite.
e em que é que isto deu? deu que agora ando com o fuso horário do sono ainda mais baralhado do que é costume e hoje aconteceu-me o que já não me acontecia há algum tempo: estar a sonhar, acordar com o despertador, desligá-lo, voltar a adormecer e continuar o mesmo sonho no ponto onde ele tinha ficado - e isto três vezes seguidas. é obra.


(e o pão nem sequer ficou nada de especial)